domingo, 11 de dezembro de 2011

Satanismo LaVey e o pensamento filosófico de Nietzsche


Religião ou filosofia de vida baseada em valores contrários ao cristianismo, o satanismo estimula o individualismo e o egoismo, onde cada ser humano, em sua individualidade, é uma divindade; capaz de alcançar altos níveis de evolução, desde que não esteja preso a nenhum dogma religioso que subtraia seus reais valores primitivos. Portanto, cada indivíduo tem a liberdade espiritual e filosófica de criar e desenvolver seus critérios, sendo ele seu próprio sacerdote, salvador e deus.

Em 30 de abril de 1966, o ocultista Anton LaVey fundou nos EUA, a "Church of Satan" (Igreja de Satã), que é a maior e mais conhecida seita satânica. Conhecida por ter muitos metaleiros e rockeiros entre seus membros(entre eles os músicos Marilyn Manson e King Diamond), defende uma moral hedonista onde estão presentes o uso de drogas e a banalização do sexo.

Anton LaVey é o autor da Bíblia Satânica, livro onde se encontram os fundamentos da Igreja de Satã. Em 1975, o tenente-coronel do Exército dos EUA, Michael Aquino, e alguns membros do sacerdócio da Igreja de Satã, romperam com essa seita e fundaram o Templo de Set, uma seita satânica que afirma defender "o individualismo esclarecido".

Tanto a Igreja de Satã, de Anton LaVey, quanto a sua dissidência, praticam a mágia negra e o ocultismo.

Anton LaVey escreveu a "BÍBLIA SATÂNICA", em 1969. Nesse livro, ele afirma que Satã é uma força da natureza, representando a liberdade e não o mal. Nesse livro, LaVey estabelece os dogmas de sua seita satânica, como: “Morte ao fraco, saúde ao forte!”.

Em seu livro, LaVey diz que o crucifixo representa incompetência, e insulta Jesus e os cristãos, dizendo: “Eu mergulhei o meu dedo indicador no sangue úmido do seu impotente e louco redentor, e escrevi na borda da sua coroa de espinhos: O verdadeiro príncipe do mal - o rei dos escravos!”

Pois bem, eu vejo muita semelhança entre a doutrina de LaVey e o pensamento filosófico de Friedrich Nietzsche.

O filósofo Friedrich Nietzsche era ateu e seu pensamento também exaltava os mais fortes. Opositor do socialismo e de todas as doutrinas igualitaristas. Nietzsche condena "a moral que impele à revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência".


Para ele, o homem é um filho do "húmus" e é, portanto, corpo e vontade não somente de sobreviver, mas de vencer. Suas verdadeiras "virtudes" são: o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração, os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são privilégios de poucos, e é para esses poucos que a vida é feita.

"A humanidade aprendeu a chamar a piedade de virtude, quando em todo o sistema moral superior ela é considerada como uma fraqueza." (Nietzsche)

Nietzsche era opositor radical da fé e moral cristã. Ele considera o cristianismo e o budismo como "as duas religiões da decadência", embora ele afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções. O budismo para Nietzsche "é cem vezes mais realista que o cristianismo".

"A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada." (Nietzsche)

"O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo." (Nietzsche)

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